quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

JULGAMOS PELA APARÊNCIA

Um menino de rua, de 12 anos, entrou numa sorveteria, sentou-se em uma mesa e perguntou para a garçonete que passava:
– Quanto custa um sorvete?
– R$ 3,00 – respondeu a moça.                               
O menino tirou algumas moedas do bolso e começou a contá-las bem devagar para não errar. Ele havia passado a manhã toda catando latinhas e tinha apurado aquele dinheiro: 
– Quanto custa o picolé mais barato?
A essa altura, já havia mais pessoas esperando para serem atendidas, e a garçonete estava perdendo a paciência.
– R$ 2,00 – respondeu ela, de maneira brusca.
O menino, mais uma vez, contou as moedas e disse:
– Eu vou querer, então, o picolé de R$ 2,00.
Após alguns minutos, a garçonete trouxe o picolé e a conta, colocou-os na mesa e foi atender outros clientes.
O menino terminou o picolé, pagou a conta no caixa e saiu. Quando a garçonete voltou para limpar a mesa, sentiu uma dor profunda no peito e começou a chorar. Na mesa, o garoto havia deixado R$ 1,00 todo de moedas. Ele havia escrito em um guardanapo: - Esta gorjeta é para a senhora. É pouco, mas é de coração. Deus te abençoe.  
Com isso, ela percebeu que o menino tinha pedido o picolé mais barato para que sobrasse uma gorjeta para ela. Mesmo ela tendo sido ríspida com o garoto!
...Quantas vezes temos a oportunidade de abençoar alguém, sacrificando apenas uma parte do que temos e não o fazemos? Quantas vezes julgamos as pessoas pela aparência, e não pelo seu coração?
ROBERTO SPINOSA - SOBRADINHO - DF

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